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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Papa denuncia 'hipocrisia religiosa' na última missa aberta ao público


O papa Bento XVI durante missa de Quarta-Feira de Cinzas,
na Basílica de São Pedro - Alessandro Bianchi / Reuters

O papa Bento XVI denunciou nesta quarta-feira, 13, durante a homilia da Missa de Quarta de Cinzas, a "hipocrisia religiosa" e a atitude daqueles que buscam apenas "aplausos e aprovação". O papa rezou a missa na Basílica de São Pedro, dois dias após ter anunciado que renunciará ao pontificado no próximo dia 28.



Esta foi a última missa de Bento XVI aberta ao público. A celebração marca o início da Quaresma, período de 40 dias que serve de preparação para a Páscoa.

No sermão, o papa afirmou que o "caminho penitencial" da Quaresma não deve ser feito sozinho pelo cristão, mas "juntos, irmãos e irmãs, na Igreja". Depois, citou as "divisões no corpo eclesial" e a necessidade de fortalecimento da Igreja e de superar "individualismos e rivalidades em sinal de humilde".


O papa Bento 16 comparece à missa das Cinzas no Vaticano. 
Alessandro Bianchi / Reuters
A missa foi acompanhada por cardeais, bispos, monges, frades e peregrinos. A época da Quaresma é marcada pela prática do jejum e atos de penitência por pecados cometidos. Esta é a época mais solene no calendário da Igreja, e termina com a Semana Santa e o domingo de Páscoa.
A ideia inicial era que o pontífice celebrasse a missa de Quarta-Feira de Cinzas na pequena igreja de Santo Anselmo, e depois liderasse uma procissão até a Basílica de Santa Sabina, no monte Aventino, também na capital italiana. Mas os planos foram alterados para que a multidão fosse acomodada na basílica de São Pedro, informou o Vaticano. A mudança também evitou que o papa fizesse o esforço de acompanhar a procissão.
Mais cedo, Bento XVI havia feito sua primeira aparição pública desde o anúncio de sua renúncia. Durante a tradicional audiência geral no Vaticano, em que o papa recebe milhares de católicos de todo o mundo e os saúda em diversas línguas. O sermão de Bento XVI tratou sobre as tentações a que Jesus Cristo teria sido submetido durante os 40 dias e 40 noites que jejuou no deserto da Judeia, segundo o Evangelho. Durante a catequese, o papa afirmou que renunciou pelo "bem da Igreja".
No domingo, dia 24, o pontífice fará a última oração angelus na Praça São Pedro. A partir da próxima semana, o papa não terá compromissos públicos. Ele entrará em um período de recolhimento espiritual e orações dentro do Vaticano – que terá uma semana de recesso, devido à quaresma, entre os dias 17 e 23 deste mês. O papa realizará ainda mais uma audiência geral de quarta-feira no dia 27, novamente na Praça São Pedro. No dia 28, Bento XVI viajará para o pequeno vilarejo de Castelgandolfo, ao sul de Roma, onde ficará durante o processo de escolha de seu sucessor.
FONTE: O Estado de São Paulo; Veja; Agência Reuters
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