A batalha entre as cooperativas de terceirizados na rede estadual de saúde continuou, ontem, a gerar dificuldades no atendimento na obstetrícia e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Pelo menos foi o que garantiram os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência Social no Estado do Ceará (Sinprece), afirmando que a ausência no trabalho por parte de enfermeiras e auxiliares estaria prejudicando o atendimento prestado à população.
Devido ao impasse entre profissionais cooperados e o Estado, ainda há dificuldades no atendimento na obstetrícia e na UTI FOTO: JL ROSA
A paralisação do setor de enfermagem estaria ocorrendo porque cooperados se negam a migrar para a Cooperativa dos Trabalhadores Profissionais de Saúde do Ceará (Coosaude), a vencedora do pregão promovido pelo Estado no início do ano, explica o Sinprece. Segundo uma fonte da entidade, ontem mesmo a UTI-Neonatal deixou de receber novos pacientes e grávidas prestes a dar à luz, que foram encaminhadas a outros hospitais "devido à falta de pessoal".
O impasse surgiu com término do contrato com a Cooperativa dos Profissionais de Enfermagem do Ceará (Coopen-CE) no dia 1º de abril, ocasião em que deveriam assumir enfermeiros da cooperativa vencedora do pregão, a Coosaude. Entretanto, a Secretaria da Saúde (Sesa), através da sua assessoria de Comunicação, assegura que o atendimento foi normalizado ontem mesmo e elaboradas, inclusive, escalas de serviço, uma vez que os terceirizados já teriam migrado para a Coosaude.
A presidente da Coopen, Nágila Gurgel, refutou a informação. "Cada profissional é dono da sua empresa. Ele faz a mudança por vontade própria. Este não é processo que acontece de forma automática", cita. Por sua vez, a assessoria da Sesa adiantou ter sido iniciado o pagamento dos meses de fevereiro e março, que estava suspenso em função da troca de cooperativas.
FONTE: Diário do Nordeste