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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Servidores lotam Câmara Municipal de Crateús em manifestação contra mudança de regime



Os servidores públicos municipais de Crateús compareceram em peso na sessão da Câmara Municipal de Crateús dessa quinta-feira (2). Dezenas de servidores já aguardavam do lado de fora da Casa, depois de participarem de ato público, na Praça da Matriz. Muitos não conseguiram assento e tiveram de permanecer de pé, enquanto outros tantos ficaram do lado de fora por falta de espaço na plateia.

A participação na sessão da Câmara fazia parte da programação desta quinta-feira, marcada por manifestações dos servidores contra a proposição da administração municipal, que pretende instituir o regime estatutário no município e implantar Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

A sessão já começou com atraso de mais de uma hora, em virtude de reunião ocorrida anteriormente. A portas fechadas, representantes do Sindicato dos Professores, vereadores e o chefe de gabinete do prefeito, Elder Leitão, discutiram a tramitação de projeto de reajuste salarial dos professores. A categoria pedira a retirada de pauta da proposta, que estava em desacordo com as deliberações da assembleia sobre o assunto. O projeto foi retirado de pauta.


Na tribuna, o vereador Bibi (PMDB) criticou duramente a proposição da municipalidade de mudar o regime trabalhista dos servidores e solicitou que a gestão não envie o projeto à apreciação da Casa. Para o vereador, a discussão da proposta desvia o foco dos grandes problemas do município, como a seca.

A vereadora Eva (PSL) não manifestou voto, contra ou a favor, mas pediu bom senso à administração e também apelou para que o prefeito  não envie o projeto ao Legislativo municipal.

O vereador Toré (PV), pela primeira vez, falou na tribuna da Câmara. Declarou-se um vereador autônomo e afirmou que, apesar de ser o menos votado dentre todos os vereadores, seu voto não tem menos valor que o de seus pares. Toré disse, ainda, que apenas ele manda em seu voto.

O vereador Alesson Coelho (PSDB) também defendeu a autonomia e independência do vereador e cobrou mais atuação por parte do Ministério Público. O vereador também defendeu o projeto de anistia a policiais e bombeiros militares pela participação no movimento paredista da categoria em 2011, atualmente em tramitação no Senado.

Arnaldo Minelvino (PSDB) parabenizou a postura do colega Toré e da vereadora Eva. Criticou os 'erros de digitação' da gestão municipal e cobrou da prefeitura informações requeridas. O vereador também afirmou que os exemplos de outros municípios, onde as mudanças propostas pela gestão foram implementadas, já são suficientes para rejeitar o projeto da mudança de regime.

O vereador Zé Humberto (PCdoB) criticou o corte do ponto dos profissionais de saúde que participaram das manifestações dessa quinta-feira. "Este PCdoB que eu pertenço, pertenço a ele, não é PCdoB", disse o vereador. Defendeu a democracia na prefeitura e na Câmara Municipal. Chamou atenção, ainda, à transitoriedade do cargo. "Senhor prefeito, o senhor vai passar e Crateús vai ficar", completou.

Antônio Luiz Jr. (DEM) lembrou o falecimento de Dr. Brilhante, médico veterinário, falecido no último sábado (27). Relatou ter tomado conhecimento de que a perfuração de poços profundos no município poderia estar seguindo critérios políticos e não técnicos. Cobrou os estudos geológicos dos poços perfurados. O vereador, que é professor da rede pública municipal, manifestou apoio à demanda dos servidores e defendeu mais discussão nos projetos em tramitação na Casa.
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