Em sessão solene realizada no Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (26), tomou posse como novo ministro da Corte o advogado Luís Roberto Barroso. Ele assume a cadeira deixada pelo ministro Ayres Britto, que se aposentou em novembro do ano passado.
O novo ministro defendeu as manifestações que ocorrem em todo o país no mesmo dia em que tomou posse no cargo da Suprema Corte. Nesta quarta-feira (26), foram registradas passeatas em Belo Horizonte, com reunião de 40 mil pessoas, e em Brasília.
“Eu acho que é um bom símbolo para minha posse, a juventude e o povo na rua, pacificamente pedindo para o país melhorar”, disse, depois dos tradicionais cumprimentos pela posse no cargo.
Segundo Barroso, as instituições devem levar em conta a voz das ruas para atender às demandas sociais. “Acho que há demanda social por reforma política, há demanda social pelo fim da corrupção e, portanto, as instituições têm que estar atentas a isso”.
O ministro voltou a minimizar a importância da Ação Penal 470, o processo do mensalão. “Precisamos virar essa página. Temos uma agenda social, uma agenda política, precisamos olhar para frente e avançar”. Barroso deverá julgar os recursos dos réus condenados quando o julgamento for retomado e disse que estudará o processo durante o recesso de julho.
Na cerimônia de posse, Barroso foi conduzido ao Plenário pelos ministros Teori Zavascki e Celso de Mello, o mais novo e o mais antigo membro da Corte, como ocorre tradicionalmente. Após a execução do Hino Nacional pela cantora Ellen Oléria, o ministro prestou o compromisso de posse e foi declarado empossado pelo presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa.
Participaram da solenidade os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Alves, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o senador José Sarney, ministros aposentados do STF, presidentes de tribunais, entre outras autoridades, além de familiares e amigos do novo ministro.
FONTE: STF/ Agência Brasil
