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sábado, 28 de setembro de 2013

Professor Edilson Martins repudia uso de sua fala por Mauro Soares

O ex-presidente do Sindicato dos Professores, atual vice-presidente da entidade, Edilson Martins, ao participar de programa de rádio, repudiou neste sábado (28) a utilização de trechos de sua fala pelo vice-prefeito, então prefeito em exercício, Mauro Soares, durante participação em programa de rádio na quinta-feira (26).

Em sua participação no rádio, o vice-prefeito utilizou trechos de declarações do professor Edilson, veiculadas em abril deste ano. Durante a intervenção do vice-prefeito, foi colocado no ar apenas pequeno trecho em que o Edilson afirmava ser o regime estatutário o melhor regime para o servidor. A íntegra da fala do professor, contudo, demonstra claramente seu posicionamento contrário à alteração do regime trabalhista dos servidores. O professor considerou a atitude do vice-prefeito "leviana" e manifestou repúdio à manipulação de sua fala.

Edilson Martins reiterou seu posicionamento contrário à mudança de regime e lembrou o histórico de acordos descumpridos pela administração, o que reforça a decisão dos servidores em não aceitar discutir a matéria. Para o professor, a administração PT-PCdoB "vive de enrolar servidor" e "não traz nenhuma segurança".

Como exemplos, professor Edilson citou edital de processo seletivo de 2009, que não foi publicado nos termos negociados com o Sindicato dos Professores e o Conselho de Educação, e o plano de cargos e carreiras dos professores , cujo texto enviado ao Legislativo era diferente do que havia sido negociado, além de ter sido publicado no Diário Oficial em termos divergentes dos que foram aprovados na Câmara Municipal.

O sindicalista também destacou que a mera existência de leis não assegura aos servidores o exercício dos seus direitos. Citando o seu próprio caso, o professor disse ter requerido por escrito junto à administração, ainda no mês de abril, o benefício da licença prêmio, já prevista no art. 83 da Lei Orgânica do Município. O pedido foi negado, mas apenas verbalmente, sem qualquer justificativa formal. Outros casos de desrespeito às leis pela gestão também foram lembrados, como o descumprimento da lei municipal que garantia o cálculo do adicional de insalubridade dos profissionais de saúde de acordo com o salário-base e o plano de cargos e carreiras dos professores, que também não é integralmente cumprido.

O professor também lembrou fato ocorrido no final da greve dos professores do ano passado, quando o prefeito, pessoalmente, segundo ele, protocolou ação no Tribunal de Justiça contra a paralisação, mesmo depois do retorno da categoria ao trabalho, ainda na semana anterior. De acordo com o professor, sem a intervenção do promotor de justiça José Arteiro, o acordo firmado para pôr fim ao movimento paredista teria caído por terra.

Edilson Martins finalizou dizendo que "a autoridade nossa não é dada pelo cargo que a gente ocupa, mas pelas ações que você faz no exercício daquele cargo". Neste sentido, a autoridade de prefeito requer atitudes de prefeito. "Se o prefeito tem uma atitude de prefeito, tem autoridade de prefeito. Se não tem, também não vai ter. Se tiver atitude de moleque, tem que ser tratado como moleque; se tiver atitude de homem, tem que ser tratado como homem", disse ele.
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