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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Greve na Educação de Crateús: prefeitura cede e paralisação termina

Após intervenção do Ministério Público, gestão municipal quase dobra proposta de reajuste salarial e movimento grevista termina.

Após pouco mais de uma semana de paralisação, chegou ao fim, nesta sexta-feira (23), a greve dos professores municipais de Crateús, iniciada na quinta-feira (15). Em assembleia convocada pelo Sindicato dos Professores, a categoria acatou a nova proposta de reajuste salarial da prefeitura para os docentes de nível superior: 7% retroativos a março e mais 2% em agosto. 

23/05/14. Professores deliberam pelo fim da greve na
Educação de Crateús
A oferta da administração se aproxima da contraproposta do Sindicato, formalizada na terça-feira (20), em audiência de negociação mediada pelo promotor Rafael de Paula Pessoa Morais: aumento de 8% retroativos a março e mais 2% em agosto; e corresponde a quase o dobro dos 5,4% inicialmente propostos pela gestão em março, correspondentes à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), sugerido pela secretária de Educação do município, Amélia Gonçalves, como índice de correção dos salários dos professores.

A presidente do Sindicato dos Professores, Socorro Pires, repudiou a tentativa da administração de desqualificar o movimento e parabenizou a categoria pela luta. A sindicalista também reconheceu a importância da intervenção do Ministério Público nas negociações, uma vez que a gestão já havia praticamente encerrado o diálogo com os grevistas. Pires ainda agradeceu o apoio da grande maioria dos pais dos alunos nas escolas paralisadas, especialmente depois da iniciativa malograda da prefeitura em organizar movimento de pais de estudantes contra a paralisação.

Segundo a presidente Pires, a diferença salarial relativa à retroatividade do reajuste deve ser paga já no início de junho, em folha de pagamento suplementar. Segundo a professora, a assembleia também deliberou favoravelmente à exigência de garantia legal de que o percentual de diferença salarial entre professores de nível médio e superior não retroceda. O Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da categoria determina que essa diferença seja de 25%. Atualmente, o diferencial é de 9% e deve ficar em torno de 17% com o novo reajuste.
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