Por: Giselle Leite
O governo repassou recomendações para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e para o Ministério Público Estadual referente aos ex-prefeitos cearenses que deixaram a gestão no último dia 31 de dezembro, mas os ex-administradores não aceitaram o ato.
Os ex-gestores dos municípios de Cedro, Ipu, Itaiçaba, Milhã, Morada Nova e São Gonçalo do Amarante não conseguiram eleger seus sucessores. Segundo os atuais prefeitos das cidades, devido à circunstância, entregaram os Executivos Municipais em situação crítica.
A falta de informações sobre a real situação das contas das administrações também é uma das principais reclamações dos atuais gestores.
As denúncias de desmonte nestas prefeituras são recorrentes. Há dilapidação do patrimônio público e até dívidas milionárias das gestões com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
De acordo com o prefeito de Cedro, Nilson Diniz (PSB), devido ao caos administrativo, há uma insegurança quanto à questão dos serviços essenciais, como a saúde. As escolas do município, segundo ele, estão praticamente sem merenda escolar e a dívida da Prefeitura com o INSS chega a R$ 17 milhões.
Diniz alega ainda que ninguém da Prefeitura deu um parecer para mostrar as contas do município.
Já o prefeito Cláudio Pinho (PSB), de São Gonçalo do Amarante, denunciou que somente a dívida da cidade com encargos sociais gira em torno de R$ 22 milhões. Disse ainda que existem atrasos no pagamento dos servidores e acúmulo de remédios vencidos no almoxarifado da Secretaria de Saúde.
Em Itaiçaba, o prefeito, Zé Orlando (PMDB), destacou que todos os sistemas de dados da Prefeitura foram formatados e não foi repassada nenhuma informação com relação a situação contábil da cidade.
No município de Ipu, o prefeito Sérgio Rufino (PSB), diz que não existem ambulâncias funcionando e o pagamento dos servidores está em atraso desde outubro.
O descaso também está na cidade de Morada Nova, em que o prefeito Wanderley Nogueira (PT) acusou a gestão anterior de ter desviado recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Até agora não sei aonde foi parar esse dinheiro, que só pode ser usado unicamente para pagar o salário dos professores. Para se ter uma ideia, levaram até computadores da sede da Prefeitura”, disse.
FONTE: Ceará Agora/O Povo
Bom trabalho, Fábio.
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