Desde o último mês
de dezembro, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) mudou a maneira de
calcular a fatura da conta de água dos consumidores de 37 municípios do
Ceará. Agora, o valor é resultado da média dos
últimos seis meses, mesmo naquelas residências onde o fornecimento é irregular.
Além da Capital, as
cidades que sofreram tal mudança são: Itaitinga, Tabuleiro do Norte, Eusébio,
Jaguaruana, Horizonte, Aracati, Cascavel, Várzea Alegre, Pacajus, Barbalha,
Maranguape, Juazeiro do Norte, Quixadá, Aquiraz, Mombaça, Baturité, Russas,
Maracanaú, Acopiara, Campos Sales, Tauá, Itapipoca, Tururu, Uruburetama,
Pentecoste, Acaraú, Forquilha, Varjota, Massapê, Santa Quitéria, Ubajara,
São Benedito, Tianguá, Crateús, Novo Oriente e Caucaia, além das localidades de
Pedras (Fortaleza), Capuan (Caucaia) e Desero (Itapipoca).
Em alguns casos, o
valor da conta de água triplicou, o que tem revoltado inúmeros consumidores.
“Hoje sou dependente
do horário da água que muitas vezes chega três da manhã ou da tarde, e quando
estou fazendo uma coisa e que chegou água na torneira, eu tenho que
deixar tudo que estou fazendo correndo e fazer outras coisas”, diz a dona de
casa Maria Célia da Silva.
“A outra conta média, veio R$ 39,89 e a penúltima veio R$
197,00. Eles tiraram essas duas que eu paguei e ficou R$ 121,00 por uma conta
de um mês que faltou água o mês todo”, reclamou o autônomo Antônio Pedrosa.
De acordo com a
companhia, para saber o quanto vai pagar, o consumidor deve somar os
valores dos últimos seis meses e dividir por seis. "De junho para cá,
vinha R$ 110,00, R$ 120,00 e agora vem R$ 191,00. Não dá para entender esse
novo cálculo da Cagece”, reclama Francilene Fernandes, moradora do José Walter, em Fortaleza.
Segundo a empresa, a
medida é temporária e se deve ao fim do contrato (não renovado) com a empresa
responsável pela leitura dos medidores nas residências. A Cagece informa
que o novo
contrato está em fase de licitação e que, ainda em fevereiro, voltará a ser
feita a leitura dos medidores.
O diretor comercial da
Cagece, Neurisângelo Freitas, explicou o motivo dos aumentos e disse que
se o cliente se achar prejudicado, pode recorrer, a companhia. “Nós voltamos a realizar o faturamento pelo consumo
real e em grande parte dos nossos clientes não fazemos mais pela média. E
com isso algumas contas podem ter havido um acréscimo. E se isso está
acontecendo, e se o cliente estiver sendo prejudicado, ele pode procurar uma de
nossas lojas para que haja uma análise da conta. Se for o caso, faremos redistribuição
de consumo e um refaturamento de sua fatura”, disse.
FONTE: G1 CE