A presidenta da República, Dilma Rousseff, recebeu hoje (15) 16
cantoras e bispas evangélicas em audiência no Palácio do Planalto. O
encontro foi organizado pelo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo
Crivella. “Vim como um articulador da presidenta junto ao público com o
qual eu convivo desde que eu tinha 6 anos”, disse.
O ministro destacou que o encontro foi solicitado pelas mulheres
evangélicas, que queriam se aproximar e prestar solidariedade à
presidenta. “Ninguém veio pedir nada. Não teve pauta de reivindicação,
não teve veto a medida tomada pelo governo ou discutida no Congresso.
Foi apenas encontro de mulheres”, declarou.
Segundo Crivella, houve momentos de cantos e de oração, e a
presidenta chegou a se emocionar quando as mulheres rezaram por ela. “A
presidente adorou, cantou com elas, gostou da oração e acha que o Brasil
precisa estar unido em torno das mudanças”.
Crivella descartou dificuldades de interlocução entre Dilma e os
evangélicos, alegando que o encontro demorou a sair porque a agenda da
presidenta é cheia. Ele disse ainda que durante o encontro o tema
eleição não foi tratado. “De jeito nenhum, até porque é crime se falar
de eleição agora, não estamos em período eleitoral”, desconversou.
De acordo com a cantora gospel Damares Alves de Oliveira,
Dilma “fez promessa de melhorias”, enquanto as mulheres oraram pela
saúde da presidenta e para que o país não “tenha mensalão e outras
roubalheiras”. “Não viemos pedir nada. Viemos apoiar, pois sabemos que a
carga é pesada. Viemos estender o ombro”. Ao deixar o encontro, Damares
cantou sua principal música de trabalho, Sabor de Mel, no saguão do Palácio do Planalto.
Também estavam na audiência o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, a cantora gospel
e ex-apresentadora infantil Mara Maravilha e a bispa Sonia Henandes,
fundadora da Igreja Renascer em Cristo, que já foi acusada de falsidade
ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro.
Segundo Crivella, Dilma ainda não fez qualquer menção sobre a
possibilidade de fusão entre o ministério chefiado por ele e a pasta da
Agricultura. “O potencial do Brasil para a produção de peixe é tão
grande que nós não deveríamos abrir mão de ter um ministério exclusivo”,
defendeu.
FONTE: Agência Brasil