Gallery

sábado, 6 de julho de 2013

Gestão municipal mantém corte no salário de dirigente sindical

Professora Alaides Castro: dirigente sindical teve salário 
cortado pela gestão municipal.
A administração municipal de Crateús procedeu ao corte nos vencimentos de um dos membros da diretoria do Sindicato dos Servidores. A professora Alaides Castro, ex-vice-presidente do Conselho Municipal do Fundeb, teve o equivalente a 15 dias de trabalho referentes ao mês de junho cortados de sua remuneração. A medida, reputada abusiva pelo Sindicato, não foi justificada.

Notória por sua inteligência e combatividade, a professora tem exercido papel importante na apuração de supostas irregularidades na aplicação das verbas do Fundeb no município. No último dia 10 de maio, a professora, juntamente com a então presidente do Conselho, Elizabeth Gonçalves, e a conselheira Livramento, formalizaram denúncia junto ao Ministério Público Federal (MPF). Relatório de cerca de 500 páginas contendo denúncias contra a Secretaria de Educação de Crateús foi entregue ao procurador da República Patrício Noé.


Nas redes sociais, o Sindicato dos Servidores de Crateús manifestou-se contra o ato considerado truculento e desrespeitoso. No perfil do Sindicato no Facebook, a professora também expressou sua indignação.

O Sindicato dos Servidores tem direito, atualmente, a pelo menos três liberações. A professora Alaides assumiu, no Sindicato, vacância deixada pela saída do secretário da entidade, Jerry Saraiva Santos, que aliou-se à gestão municipal e hoje se opõe à atual diretoria.

Por suas convicções e aguerrimento, a professora é encarada como opositora da gestão. O corte salarial, para os líderes sindicais de Crateús, tem caráter explicitamente persecutório.

Para resolver o problema, o Sindicato dos Servidores instou à secretária de Educação, Amélia Gonçalves, que se pronunciasse sobre o fato e adotasse as medidas necessárias para a reposição salarial. Reunião agendada para quinta-feira (4) entre a entidade sindical e a secretária, contudo, foi desmarcada.

A indiferença com que a secretária Amélia tem tratado o problema é outro fator de revolta por parte dos sindicalistas, que devem recrudescer as pressões sobre a gestora.

Trata-se de mais um episódio da ferrenha perseguição que os sindicalistas vem enfrentado em Crateús. Em janeiro deste ano, a Câmara Municipal aprovou norma de autoria do vereador Arimilson (PCdoB), que proibia totalmente qualquer cessão de servidores públicos municipais à entidades sindicais. Após pressão dos sindicalistas e intervenção do Ministério Público, o dispositivo foi revogado no último dia 13 de junho.
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário :

Postar um comentário