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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Após vitória na Câmara, servidores esperam represálias da gestão "Vida Nova"

Depois da bordoada de ontem (3) na Câmara de Vereadores, derrota por 9 a 5 na votação do projeto da mudança de regime trabalhista dos servidores, o governo municipal de Crateús tentará a desforra contra os trabalhadores municipais.

Este pelo menos é o sentimento dos dirigentes sindicais, que já se preparam para eventuais represálias. Tanto o Sindicato dos Servidores como o Sindicato dos Professores acreditam que novas supressões de direitos podem acontecer, já que perder com humildade não é exatamente o forte da gestão "Vida Nova".

O Sindicato dos Servidores, por exemplo, deve continuar acossado pela administração, que insiste na cassação das liberações dos dirigentes da entidade. Pelo terceiro mês seguido, sem qualquer justificativa minimamente plausível, a vice-presidente do Sindicato, professora Alaides Castro, teve seu salário parcialmente cortado. A gestão também exige a celebração de convênio entre o Sindicato e a Prefeitura como condição para a cessão dos servidores. A diretoria da entidade não aceita a imposição e já foi notificada de que, se não houver convênio, todos os servidores serão lotados, isto é, terão de retornar aos respectivos postos de trabalho, o que, em outras palavras, significaria forçar o fechamento do Sindicato.

A mesma situação é vivenciada pelo Sindicato dos Professores, que também considera a exigência de celebração de convênio interferência na atividade sindical. Os professores temem ainda novos ataques ao Estatuto do Magistério, que já teve 32 artigos alterados na primeira sessão da Câmara de Vereadores, em 10/01/13. A categoria acredita que a gestão possa tentar suprimir os poucos direitos ainda restantes no regulamento, especialmente aqueles que dependem da discricionariedade, ou seja, da vontade política do gestor.

Como o Executivo tem encontrado resistência na Câmara de Vereadores para emplacar normas desfavoráveis aos servidores, a alternativa do governo municipal seria tentar legislar por decreto. O alcance é limitado, mas não depende do crivo do Legislativo.


O fato é que, apesar da histórica vitória de ontem, os servidores não podem baixar a guarda e devem continuar unidos. Como dizia Winston Churchill, "se você está atravessando o inferno, não pare".
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