Neste sábado (9), o Sindicato dos Professores de Crateús, através da Escola Sindical Dom Fragoso, promoveu debate sobre política sindical, coordenado pelo escritor, colunista do jornal O Povo e militante socialista Gilvan Rocha. Os participantes discutiram a origem do sindicalismo e a luta histórica da classe operária contra a exploração capitalista.
Outro ponto também debatido foi a importância das mídias para a informação da classe operária e formação de uma consciência política anticapitalista pelos trabalhadores.
Na concepção de Gilvan Rocha, o sindicalismo autêntico limita-se a perseguir a conquista de melhores condições de vida e de trabalho, pleiteando algumas medidas que possam tornar a vida dos trabalhadores menos dolorosa. "Isso implica dizer que o movimento de massas, na sua forma espontânea, não vai além do reformismo", diz Rocha. Ou seja, busca apenas a mudança da forma conservando o conteúdo do sistema.
O grande desafio dos sindicalistas é superar os limites do trabalhismo, focado na resistência da classe operária e visando a obtenção de conquistas imediatas, e transformar as entidades sindicais em sindicatos socialistas. "Os trabalhadores só terão vitórias de verdade, vitórias definitivas quando quebrarem as algemas do capitalismo", afirma Rocha. "Dizendo de outra forma, os trabalhadores têm seus interesses imediatos, seja por melhores salários, seja por outros direitos, enquanto deve perseguir seu objetivo histórico de se libertar do capitalismo", complementa.
O debate contou com a participação do Sindicato Servidores de Crateús, do Centro Acadêmico de Pedagogia da FAEC e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ao final do encontro, Gilvan Rocha presenteou os participantes com uma cópia autografada do livro "Comunistas" filhos da pátria, uma de suas obras.
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