Na verdade, 26% dos entrevistados concordaram com a afirmação de que mulheres com roupa curta merecem ser atacadas e não 65%.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo federal, divulgou nota nesta sexta-feira na qual afirma que o resultado da pesquisa que provocou protestos, mobilizou artistas e autoridades, entre elas a presidente Dilma Rousseff, e teve ampla repercussão nas redes sociais, estava errado. Ao contrário do que foi divulgado há nove dias, 26% e não 65% dos brasileiros concordam com que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.
Segundo o Ipea, houve uma troca nos gráficos da pesquisa. Os porcentuais corretos são: 26% concordam, total ou parcialmente, com a afirmação "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”, e outros 70% discordam total ou parcialmente. Um grupo de 3,4% disse ser neutro.
Em nota, o órgão afirma que “foram aplicados 3.772 questionários em 211 municípios de todas as unidades da federação. O questionário não foi aplicado apenas em horário comercial. Os pesquisadores atuaram em períodos de até doze horas diárias, inclusive aos sábados, domingos e feriados”.
Em nota, o órgão afirma que “foram aplicados 3.772 questionários em 211 municípios de todas as unidades da federação. O questionário não foi aplicado apenas em horário comercial. Os pesquisadores atuaram em períodos de até doze horas diárias, inclusive aos sábados, domingos e feriados”.
A pesquisa com os dados errados teve enorme repercussão e deu origem a uma campanha nas redes sociais com os dizeres #eunãomereçoserestuprada.
Após o reconhecimento do erro, o diretor de Estudos e Políticas Sociais, Rafael Osório, pediu demissão.
FONTE: Estadão/Veja
FONTE: Estadão/Veja