Paralisação terá início na próxima quinta-feira, 15 de maio, se não houver avanço nas negociações, e ocorrerá por tempo indeterminado.
Nesta sexta-feira (9), em assembleia realizada no Sindicato dos Comerciários, os professores da rede pública municipal de Crateús decidiram entrar em estado de greve, situação na qual a paralisação ainda não ocorreu, mas é iminente.
De todos os presentes, apenas sete docentes votaram contra a paralisação, que terá início na próxima quinta-feira, 15 de maio, e ocorrerá por tempo indeterminado, se não houver avanço nas negociações. De acordo com a presidente do Sindicato dos Professores, Socorro Pires, até a próxima quinta, a categoria ainda aguardará novas propostas da municipalidade. Segundo a sindicalista, os docentes entendem que esta é a única forma de forçar a gestão municipal a negociar.
Os professores reivindicam 16,58% de reajuste salarial para os professores de Nível Superior e aumento de 25% nos valores referentes à ajuda de custo, para os profissionais que ensinam em escolas distantes de onde residem.
Inicialmente, a gestão municipal propôs que o reajuste ocorresse com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), correspondendo a 5,4% de reposição salarial, mas elevou o porcentual de reajuste para 6% na última reunião de negociação, ocorrida em 22/04. No último sábado (3), uma nova proposta de 7% de reajuste salarial também foi rejeitada pela categoria.
No último dia 28/04, o MEC divulgou a Portaria nº 364, que retifica a consolidação das receitas do Fundeb de 2013, registrando crescimento do valor mínimo de 13,22% em relação ao consolidado de 2012. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), esse deveria ser o percentual aplicado ao piso do magistério, em 2014, seguindo a metodologia indicada pela Advocacia Geral da União (AGU) e o MEC. Em janeiro deste ano, contudo, o MEC reajustou o piso em apenas 8,32%.