Relator da CPMI do Cachoeira responsabiliza 46 pessoas
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
(CPMI) que investiga a
relação do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com
agentes públicos e privados analisa em instantes o relatório final com mais de
5.100 páginas do deputado Odair Cunha (PT-MG). O texto já está disponível no
site da comissão.
O relatório
final responsabiliza 46 pessoas. Foi pedido o indiciamento de 34 pessoas,
dentre elas o próprio Cachoeira, o ex-presidente da Delta Construções, Fernando
Cavendish, e o jornalista da revista Veja e chefe da sucursal de Brasília,
Policarpo Júnior.
Cunha recomenda a "responsabilização" de outras 12 pessoas, incluindo o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, e o prefeito de Palmas, Raul Filho, do PT.
Cunha recomenda a "responsabilização" de outras 12 pessoas, incluindo o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, e o prefeito de Palmas, Raul Filho, do PT.
O relator
recomenda ainda que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, seja
investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público por não ter dado
prosseguimento às investigações da Operação Vegas, da Polícia Federal.
Já o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, foi considerado inocente pelo relator. As investigações, dizem ele, mostraram que a quadrilha de Cachoeira tentou se infiltrar no governo do DF, mas não conseguiu.
Já o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, foi considerado inocente pelo relator. As investigações, dizem ele, mostraram que a quadrilha de Cachoeira tentou se infiltrar no governo do DF, mas não conseguiu.
Projetos
de Lei
O relator sugere a apresentação de oito projetos de lei a partir das
investigações. As propostas tratam dos seguintes temas:
- criminalização de jogos de azar;
- tipificação de organizações criminosas;
- alteração prazos prescricionais;
- alteração da atuação do Conselho Nacional do Ministério Público (ampliação de atuação frente ao Supremo Tribunal Federal);
- utilização de pessoa interposta (“laranja”);
- alteração na Lei de Improbidade Administrativa;
- criação do Cadastro Nacional de Dados;
- alteração da fiscalização de empresas de factoring.
- criminalização de jogos de azar;
- tipificação de organizações criminosas;
- alteração prazos prescricionais;
- alteração da atuação do Conselho Nacional do Ministério Público (ampliação de atuação frente ao Supremo Tribunal Federal);
- utilização de pessoa interposta (“laranja”);
- alteração na Lei de Improbidade Administrativa;
- criação do Cadastro Nacional de Dados;
- alteração da fiscalização de empresas de factoring.
Cachoeira
Hoje de madrugada, o personagem principal da CPMI, Carlinhos Cachoeira, foi
solto do presídio da Papuda, em Brasília, onde estava preso desde fevereiro.
Ele ganhou
alvará de soltura após ser condenado, ontem, pela Justiça do Distrito Federal a
cinco anos de prisão em regime semiaberto, pelos crimes de formação de
quadrilha e tráfico de influencia. Cachoeira também vai ter que pagar mais de
R$ 150 mil em multa. Essa condenação se refere à operação Saint Michel da
Polícia Civil do DF, que investigou a tentativa de fraude na licitação do
sistema de bilhetagem eletrônica do transporte público local.
Essa foi a
primeira condenação do contraventor desde que surgiram as denúncias de
corrupção.
FONTE: Agência Câmara de Notícias