Nesta terça-feira (25), ocorreu a primeira rodada de negociações entre a administração municipal de Crateús e o Sindicato dos Professores para determinação do porcentual de reajuste salarial dos professores de nível superior. Os salários dos professores de nível médio são reajustados de acordo com a correção do piso salarial nacional da categoria, que ficou em 8,32% este ano, conforme estabelecido pelo Ministério da Educação, em janeiro.
Durante a reunião, foi proposto pela secretária de Educação, Amélia Gonçalves, que o salário do professor graduado seja reajustado de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor-INPC. Pela proposta, a reposição (já que não haveria ganho real) seria de 5,4%. A proposta do Sindicato, contudo, é de 16,58%.
Pela proposta da secretária, de acordo com o professor Edilson Martins, vice-presidente do Sindicato, a diferença salarial entre professores com formação em nível superior e professores de nível médio ficaria em cerca de 13%, quase a metade do que determina o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração-PCCR da categoria, que prevê 25%. Hoje, essa diferença corresponde a 16,4%.
Para a gestão municipal, uma reposição de 5,4% nos vencimentos dos professores graduados comprometeria cerca de 69% dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento e Valorização da Educação Básica-Fundeb. O Sindicato, por seu turno, argumenta que um reajuste de 16,58% implicaria num impacto financeiro próximo a este.
Veja fotos da reunião:
Sem consenso, foi marcada nova reunião de negociação para estudo da folha, com as equipes do Sindicato dos Professores e da Secretaria de Finanças do Município, para o dia 28/03, às 9h, na Secretaria de Finanças, com o compromisso assegurado pela Secretaria de Educação de comprometer até 70% dos recursos do Fundeb com salário de professores.
Outro ponto de negociação foi o reajuste do auxílio-alimentação dos professores que atuam em escolas distantes de onde residem: o Sindicato propõe 25%; a secretária, os 5,4% do INPC.
Segundo o professor Edilson Martins, assim como o Sindicato, a secretária de Educação também entende que há exigências no edital do concurso público divulgado pela Prefeitura que podem implicar no não preenchimento das vagas ofertadas para alguns cargos de professor. É o caso de professor com habilitação em educação especial, uma especialidade que não existe no Nordeste, de acordo com o professor, e professor com curso técnico em área de informática. Aditivo ao edital deve ser publicado para correção das falhas apontadas pelo Sindicato.
Segundo o professor Edilson Martins, assim como o Sindicato, a secretária de Educação também entende que há exigências no edital do concurso público divulgado pela Prefeitura que podem implicar no não preenchimento das vagas ofertadas para alguns cargos de professor. É o caso de professor com habilitação em educação especial, uma especialidade que não existe no Nordeste, de acordo com o professor, e professor com curso técnico em área de informática. Aditivo ao edital deve ser publicado para correção das falhas apontadas pelo Sindicato.