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sábado, 7 de setembro de 2013

Justiça autoriza que policiais solicitem identificação de manifestantes mascarados em Fortaleza

O Juiz Roberto Soares Bulcão Coutinho, titular da 7ª Vara Criminal da comarca de Fortaleza, autorizou que policiais civis e militares, desde que fardados e identificados de forma ostensiva, solicitem a identificação civil de manifestantes que portem objeto que impossibilite a visualização do rosto.  A decisão atende a um pedido feito pelo Ministério Público do Estado do Ceará em medida cautelar ajuizada ontem, dia 5. O documento é assinado pelos promotores de Justiça Iran Sírio e José Filho, do Centro de Apoio Operacional Criminal, da Execução Criminal e do Controle Externo da Atividade Policial (Caocrim) do MP. 

Na decisão, o juiz afirma que os policiais podem solicitar a retirada do objeto, adorno ou utensílio (máscara, capuz, lenço, etc.) para fins de verificação. Havendo recusa à identificação, por não se tratar de documento previsto no art. 2º da lei nº 12.037/2009 ou nos casos previstos no art. 3º dessa mesma legislação, o manifestante poderá ser compelido a comparecer à delegacia competente ou plantonista para averiguação necessária, com identificações datiloscópica (impressão digital) e fotográfica, se for o caso. O magistrado também determinou que as ações sejam filmadas, resguardando a mídia respectiva por até 30 dias, em razão da necessidade de posterior requisição.

A decisão foi encaminhada ao secretário de Segurança Pública e Defesa Social, que deve repassá-la ao Comando-Geral da PM e à Superintendência da Polícia Civil. “Fica a referida autoridade advertida da necessidade de filmagem; identificação dos policiais destacados para as operações, contendo seus nomes em fardas ou vestes (os civis, através de coletes ou camisetas contendo pelo menos o nome ‘Polícia Civil’ e utilização de crachá ou identificação funcional de forma visível); e o registro de escalas, com entrega em no máximo 24 horas, junto ao Ministério Público”, afirma Roberto Soares Bulcão Coutinho. 

O Ministério Público afirma que a livre manifestação é um direito e as manifestações sociais pacíficas são legítimas e legais, mas entende que é preciso evitar o uso dessas ocasiões por pessoas mal-intencionadas que queiram destruir os patrimônios público e privado, deixando a segurança, a ordem pública e a integridade das pessoas comprometidas.

FONTE: Ascom MPCE

Cid Gomes anuncia mudanças no secretariado

O Governador anunciou as mudanças em sua página do Facebook. Ele divulgou a saída de oito secretários.


O governador Cid Gomes anunciou nesta sexta-feira (06) pelo Facebook  (rede social) mudanças no comando no secretariado estadual. Na sua página pessoal - Cid F Gomes - , ele informou  mudanças em oito secretarias: Fazenda (Mauro Filho), Cultura (Francisco Pinheiro), Esporte (Gony Arruda), Cidades (Camilo Santana), Segurança (Francisco Bezerra), Saúde (Arruda Bastos), Trabalho e Desenvolvimento Social (Evandro Leitão) e Conselho Estadual de Políticas e Gestão do Meio Ambiente – Conpam – (Paulo Henrique Lustosa).Todos os  secretários que vão deixar os cargos irão disputar mandatos eletivos em 2014. As mudanças serão publicadas no Diário Oficial do Estado.


Os novos titulares das secretarias estaduais serão anunciados na próxima semana.

FONTE: Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado/Casa Civil  

Curso obrigatório de mototaxistas e motofretistas começa dia 9 em autoescolas

O curso obrigatório para mototaxistas e motofretistas no Ceará (ou motoboys), conforme lei aprovada pelo Congresso Nacional, em vigor desde fevereiro de 2013, começará a ser ofertado pelos Centros de Formação de Condutores (CFCs) ou autoescolas na próxima segunda-feira (09). Segundo a lei, os profissionais que exercem atividade remunerada usando a motocicleta têm de se reciclar a cada 5 anos, para que se conscientizem dos cuidados na via pública, evitando acidentes.

FOTO: Prefeitura de Crateús
A demanda estimada é de 40 mil profissionais que exercem essa atividade em motocicleta (em todos os 184 municípios cearenses) realizem o curso, com custo pago pelo Governo do Estado, por meio o Detran-Ce, conforme autorização da Assembleia Legislativa. O curso obrigatório é totalmente gratuito para os profissionais.

Já foram credenciadas sete autoescolas, após a documentação ser entregue ao DETRAN, onde foi analisada pelas áreas jurídica, administrativa e de habilitação, sete Centro de Formação de Condutores (CFCs): Bosco, Novo Nordeste, Santos, Talento (todas em Fortaleza), Bom Jesus (Sobral), Nunes (Horizonte) e Centro Vale (Pacajus), cujos contratos estão publicados no Diário Oficial do Estado, em edições com data diferentes.

O credenciamento dos CFCs ainda pode ser feito no DETRAN-CE, em que os interessados devem dar entrada no protocolo do Órgão (Avenida Godofredo Maciel, 2.900/Maraponga) da documentação exigida por lei aprovada pela Assembleia Legislativa. Outros nove CFCs estão com a documentação pendente, por isso sua tramitação foi interrompida, aguardando que as providências  dos seus respectivos dirigentes.

O curso tem 30 horas/aula e cada turma pode ser formada por até 30 profissionais. O valor definido do curso é de R$ 150,00 que o Governo do Estado pagará por cada profissional que frequente todas as 36 h/aula. Quem faltar um dia pode repor a aula na turma seguinte. A presença terá controle por biometria (digital do dedo). O conteúdo do curso é sobre direção defensiva, primeiros socorros.

Para ter direito ao benefício, o mototaxista e motofretista tem de exercer a atividade remunerada há dois anos, estar associado ao sindicato da respectiva categoria ou estar credenciado pela Prefeitura do seu respectivo município. O pagamento pelo Governo do Estado ao CFC (autoescola) credenciado para ministrar este curso de reciclagem só será efetivado depois que o certificado de conclusão do curso for entregue pelo CFC ao profissional e registrado no DETRAN.

FONTE: Ascom Detran-CE

Com sugestões de sindicatos, Câmara Municipal aprova criação de 245 vagas de concurso público em Crateús

A Câmara Municipal de Crateús aprovou, na última quinta-feira (5), projeto de lei de autoria do Executivo que cria 245 vagas para cargos de provimento efetivo no âmbito da administração direta municipal. Os salários-base variam de R$ 678,00 a R$ 5.400,00, além de acréscimos na forma de insalubridade ou gratificações.

Para o Sindicato dos Servidores e Sindicato dos Professores de Crateús, a quantidade de vagas propostas para o certame está muito aquém da real  necessidade do município. Mesma opinião têm os vereadores oposicionistas.

Para discutir o tema, o vereador Zé Humberto (PCdoB) propôs a realização de audiência pública, já ocorrida no último dia 15 de agosto. Apesar de a gestão municipal não ter enviado nenhum representante, Ministério Público e sindicatos contribuíram para a melhoria do texto da proposta.

Veja também:
Crateús: Tribunal de Justiça (CE) barra concurso público

Além da quantidade de vagas e do valor proposto para a taxa de inscrição, os sindicalistas também criticaram os requisitos exigidos para o preenchimento de certas vagas para professor de educação básica. Segundo os dirigentes classistas, tais requisitos eram "impossíveis de serem preenchidos" e recomendaram a sua supressão do texto em análise. Também foi sugerida a ampliação das vagas destinadas a portadores de necessidades especiais, de 5% para 10% do total de vagas.

As alterações propostas foram inseridas no texto do projeto através de emendas subscritas por todos os vereadores, à exceção da quantidade de vagas, que depende exclusivamente de mensagem do Executivo. O valor da taxa de inscrição também foi suprimido do texto da proposta aprovada. Será definido posteriormente no edital do concurso.

O projeto será certamente sancionado pelo prefeito Carlos Felipe, que ainda pode vetar alguns trechos do texto aprovado. Sancionado o projeto e publicado no Diário Oficial do Município, será lançado edital de licitação para a contratação da empresa que realizará o certame. O passo seguinte é a publicação do edital com as regras do concurso.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Dilma: Mais Médicos não é decisão contra profissionais brasileiros

A presidenta da República, Dilma Roussseff, reforçou hoje (6) a importância da vinda de médicos estrangeiros ao Brasil. Durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, Dilma disse que trazer médicos de outros países para atender em locais onde há carências na saúde é uma medida “a favor da saúde”. “A vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais”, defendeu.
A presidenta também disse que o país tem feito investimentos na estrutura da saúde e que pretende liberar mais recursos para hospitais e equipamentos. “A falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre. Muita morte pode ser evitada, muita dor, diminuída, e muita fila reduzida nos hospitais apenas com a presença atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde”, disse.

Confira o pronunciamento de Dilma:
De acordo com Dilma, o “Pacto da Saúde vai produzir resultados rápidos e efetivos”. A presidenta também frisou que o Programa Mais Médicos “está se tornando realidade” e disse também que os brasileiros vão sentir, a cada dia, “os benefícios e entender melhor o grande significado deste programa”. A presidenta disse que o Brasil “ainda tem uma grande dívida com a saúde pública e essa dívida tem que ser resgatada o mais rápido possível”.
Além de defender o crescimento da economia brasileira, o pronunciamento também relembrou os cinco pactos nacionais anunciados por Dilma anteriormente. “Estamos aprofundando os cinco pactos para acelerar melhorias na saúde, na educação e no transporte e para aperfeiçoar a nossa política e a nossa economia”, explicou. Os pactos para melhorias no transporte público, na estabilidade fiscal e na educação foram lembrados pela presidenta. Sobre a reforma política, a presidenta celebrou a “proposta de decreto legislativo para o plebiscito”.
Já na educação, foi reforçado a reserva, para a área, de 75% dos royalties do petróleo e de 50% do Fundo Social. “Esse será um dos maiores legados do nosso governo às gerações presentes e futuras e vai trazer benefícios permanentes à população brasileira por um período mínimo de 50 anos”.
O discurso, veiculado na véspera de Sete de Setembro, começou às 20h30 de hoje (6) e durou cerca de dez minutos. No mês de junho, em meio às manifestações populares que levaram milhares de brasileiros às ruas de centenas de cidades, a presidenta fez um pronunciamento em que prometia “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS”. Aprimorar a saúde pública foi um dos pontos do pacto firmado por Dilma em prol da melhoria dos serviços públicos, uma das principais reivindicações dos protestos. Três semanas depois, o governo lançava, por meio de medida provisória, o Mais Médicos.
A Medida Provisória (MP) 621, que cria o Programa Mais Médicos, é debatida pelos deputados. Nesta quarta-feira (4), foi instalada comissão geral na Câmara para apreciar o tema. Na sessão de lançamento, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que os profissionais médicos estão mal distribuídos no território nacional, faltam especialistas e há poucas vagas nas escolas de medicina. “O jovem que entra na faculdade de medicina hoje é filho da realidade urbana que estudou em escola particular. Ou trazemos ao jovem do interior, ao jovem indígena, a oportunidade de ser médico ou não vamos resolver o problema”, disse.
A prática de celebrar o Dia da Independência com um pronunciamento à Nação já é prática entre os presidentes brasileiros. No ano passado, Dilma anunciou a redução dos preços da energia elétrica para residências e indústrias.

FONTE: Agência Brasil/Blog do Planalto

'Grito dos Excluídos' reúne cerca de mil pessoas em Crateús, dizem organizadores

Na manhã desta sexta-feira (6), centenas de pessoas saíram às ruas de Crateús para protestar contra as injustiças e desigualdades sociais. Organizado pela Paróquia Senhor do Bonfim, em Crateús, o 'Grito dos Excluídos' é realizado há 19 anos. O tema deste ano  foi "Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular".

A saída ocorreu na Coluna da Hora, onde foi realizada "mística" sob o comando do padre João Batista, além de apresentação do grupo Shekhinah.

Veja fotos da manifestação:


Além da Paróquia, Cáritas Diocesana, Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Sindicato dos Servidores e Sindicato dos Professores de Crateús também apoiaram a manifestação, que contou ainda com a presença do representante do Ministério Público em Crateús, José Arteiro Soares Goiano. Estudantes da rede pública de ensino, especialmente das escolas Lourenço Filho, Maria José, Vilebaldo Martins, Olavo Bilac, Imaculada Conceição, CAIC e Francisca Machado, também estiveram presentes.

A caminhada seguiu pelas ruas do Centro Comercial, havendo paradas para que representantes das entidades apoiadoras fizessem suas falas, que versaram sobre a precarização da saúde, políticas públicas para o homem do campo e o ataque à liberdade sindical em Crateús, entre outros pontos.

Segundo os organizadores, cerca de mil pessoas teriam participado da manifestação, cujo encerramento ocorreu no Memorial da Coluna Prestes, na Praça Gentil Cardoso.

Receita libera na segunda consulta ao 4o lote de restituiçao do IR

A Receita Federal libera na segunda-feira (9) a consulta ao quarto lote de restituições do Imposto de Renda (IR) Pessoa Física 2013. O dinheiro será depositado no banco no dia 16. Todos os anos são liberados sete lotes regulares. O último está previsto para 16 de dezembro.
O calendário de restituição está no Ato Declaratório 3 da Receita Federal. Quem não receber a restituição deve procurar o extrato no site da Receita para verificar por que está na malha fina.
Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone 146. A Receita disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smarthphones que usam os sistemas operacionais Android e iOS, que facilitam a consulta.
Quem identificou algum erro deve enviar uma declaração retificadora. O extrato da declaração é disponibilizado no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) no qual se encontram outras informações relativas ao IR.

FONTE: Agência Brasil

MEC divulga guia com dicas para redação no Enem

O guia com orientações sobre a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano foi divulgado ontem (5) pelo Ministério da Educação (MEC). Com dicas para que os estudantes saibam como fazer uma boa redação, o guia explica os critérios de correção e inclui comentários sobre textos que obtiveram a nota máxima no exame do ano passado. O guia está disponível na internet e este ano não será distribuído na versão impressa para as escolas públicas, como ocorreu em 2012.
Cada uma das cinco competências avaliadas na  correção das redações está explicada no guia. Entre os itens que compõem o material, estão os motivos que podem resultar em nota zero, como a fuga total ao tema e a inserção de temas indevidos. Na redação, os estudantes não estão obrigados a adotar as regras propostas pelo novo acordo ortográfico.
O número de corretores para a redação do Enem 2013 foi ampliado de 8.400 para 9.500, depois que porque simulações do MEC mostraram a necessidade de mais profissionais porque os textos em que haja discrepância superior a 100 pontos nas notas dos dois primeiros avaliadores têm de passar por um terceiro corretor. No ano passado, esse intervalo era 200 pontos.
Entre as redações com nota máxima que estão no guia, uma tem a palavra “espanhóis” grafada três vezes, uma delas sem acento. O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, disse que o exemplo tem caráter pedagógico e mostra que o estudante tem domínio da norma culta por ter acentuado a palavra em outros momentos do texto.
Segundo ele, o erro não caracteriza repetibilidade e excepcionalidade e serve também para alertar outros estudantes para que não cometam erro semelhante. “Não podemos esquecer o caráter pedagógico do Enem. É um erro por esquecimento, mas ele tem domínio da norma culta. Isso pode ocorrer quando a banca está convicta que ele tem domínio da norma culta”, explicou.
Os candidatos devem receber os cartões com os locais da prova do fim deste mês até o início de outubro. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, alerta os estudantes para que façam o percurso de casa até o local da prova antes da data da aplicação do exame e fiquem atentos ao horário.

Confira o guia de redação:

FONTE: Agência Brasil

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Comissão aprova PEC que obriga gestores a cumprir promessas de campanha

Texto aprovado obriga governantes a construírem plano de metas com base no que foi dito em campanha eleitoral. Relator não estabeleceu, no entanto, indicadores de desempenho nem possibilidade de perda de mandato. Texto segue para análise do Plenário.

A comissão especial que analisou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da responsabilidade eleitoral aprovou, nesta quarta-feira (4), o substitutivo do relator, deputado João Paulo Lima (PT-PE). Pelo texto, os executivos federal, estaduais e municipais, assim como do Distrito Federal, serão obrigados a elaborar e cumprir um plano de metas construído com base nas promessas da campanha.
Em relação à proposta apresentada na última quarta-feira (28), João Paulo Lima promoveu apenas uma modificação. Retirou da PEC os indicadores de desempenho que os chefes do Executivo deveriam utilizar na elaboração de seus planos de governo. De acordo com o parlamentar, a mudança foi parte de um acordo para garantir a aprovação do texto.
Substitutivo

Na elaboração de seu projeto, o relator utilizou as regras previstas nas PECs 10/11, do deputado Luiz Fernando Machado (PSDB-SP), e 52/11, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), e fez algumas alterações. A principal delas foi a supressão do dispositivo da PEC 10 que previa perda de mandato para o governante que não cumprir o plano de metas.

João Paulo Lima disse que, inclusive, já foi favorável à punição, mas mudou de ideia porque o País passa por um momento de judicialização da política que seria agravado com a medida. O relator acredita que a possibilidade dessa punição poderia servir para a perseguição política de adversários, que resultaria em uma enxurrada de processo na Justiça.
Apesar de contrário à mudança, Luiz Fernando Machado disse ter concordado com o relator para garantir a aprovação da proposta. No entanto, pretende voltar com a previsão de perda do mandato por meio de emenda ao texto na votação em Plenário. “O Plenário da Casa deve apreciar a possibilidade de nós termos punições para aqueles que se comprometem em campanha eleitoral, vendem sonhos, ilusões e muitas vezes não cumprem”, defendeu.
O deputado Marcos Rogério (PDT-RO) também quer a punição para governantes que não cumprem as promessas de campanha. “Em algum momento vamos ter que avançar para estabelecer consequências para os descumpridores da norma”, sustentou.
Interferência

Lima também retirou do texto a possibilidade de o Legislativo alterar, por meio de emendas, o plano de metas apresentado pelo Executivo, que constava da PEC 52. Segundo o relator, a medida é inconstitucional. “O dispositivo estimula a interferência de um Poder na independência e autonomia de outro, o que é vedado pela Constituição Federal como cláusula pétrea”, sustenta.

Além disso, o relator acredita que essa previsão poderia gerar conflitos entre os poderes e uso político indevido. Lima argumenta que, caso o chefe do Executivo depare com maioria de oposição no Legislativo, essa maioria poderia usar do dispositivo para “embaraçar o mandatário eleito ou inviabilizar seu plano de metas com acréscimos inexecutáveis”.
FONTE: Agência Câmara de Notícias

Justiça determina que SUS deve iniciar tratamento de câncer em 60 dias após o diagnóstico

A Justiça Federal determinou que o tempo máximo de espera para o início do tratamento de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é 60 dias após a data do diagnóstico da doença. A decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região anula artigo da Portaria nº 876 do Ministério da Saúde, que usava a inclusão do diagnóstico no registro do SUS como ponto de partida para a contagem do prazo.
Ricardo Salviano, defensor público federal autor da ação que ensejou a decisão, explica que depois do exame que traz o diagnóstico da doença, o paciente precisa marcar uma consulta para que um médico possa prescrever o tratamento, o que pode levar meses.
"A gente sabe a dificuldade que as pessoas têm de marcar uma consulta", disse. Salviano defende que a saúde das pessoas não pode ficar a mercê de questões burocráticas como a demora na marcação de consultas. A decisão determina que a data do resultado do exame é que vai ser o ponto de partida da contagem do prazo de 60 dias e não a consulta médica com a inclusão do diagnóstico no registro do SUS, como trazia a portaria.
A decisão mantém o texto original da Lei 12.732/2012 que está em vigor desde maio . Segundo Salviano, o legislador estabeleceu o lapso temporal de 60 dias para que o médico possa avaliar o laudo e indicar o tratamento dentro deste prazo.
O presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos, Gabriel Faria Oliveira, ressalta que o acesso à saúde é uma das principais demandas da Defensoria Pública da União (DPU) em todo país. Segundo ele, processos relacionados a pedidos de medicamentos de alto custo e diversos procedimentos médicos representam grande parte dos processos movidos nas unidades da DPU em todo país.
O descumprimento da lei pode submeter os gestores responsáveis a penalidades administrativas. O Defensoria Pública da União frisa que o paciente que verificar qualquer irregularidade pode procurar uma unidade para pedir ajuda.
FONTE: Agência Brasil

A partir de 2014, Enem será elaborado em local com segurança reforçada









A partir de 2014, as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão elaboradas em um local com segurança reforçada. O espaço terá acesso restrito e será construído na nova sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Quem ali entrar, passará por um scanner e será monitorado por câmeras.
Além do Enem, serão elaboradas no local as questões do Banco Nacional de Itens, que serve de subsídio para a Revalidação dos Diplomas Médicos (Revalida), a Prova Brasil, o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), entre outras avaliações. O novo ambiente deve evitar vazamentos de questões, como os que ocorreram no Enem em 2009 e 2011.
De acordo com o Inep, serão 988 metros quadrados, divididos em 21 salas com controle de acesso, uma sala de monitoramento, uma sala para a identificação dos usuários e uma sala para escaninhos, onde serão guardados os objetos pessoais daqueles que tiverem acesso ao local.
Na entrada, o usuário é identificado e passa por um scanner, capaz de detectar objetos como pen-drives e CDs. Para entrar em uma das 21 salas, é necessário passar por um leitor biométrico, que irá garantir que a pessoa tem autorização para entrar na área. Cada ambiente terá quatro câmeras para gravação de imagens, que serão gerenciadas por um sistema de monitoramento, com central de comando e controle.
O Inep lançou edital para a contratação da empresa especializada para cuidar da instalação dos equipamentos e adequação do ambiente, bem como do monitoramento e suporte técnico. A sessão está agendada para o dia 17 deste mês. A estimativa é que o ambiente custe R$ 15.276.370,90.
Segundo o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, a estrutura é necessária pelo aumento da adesão aos exames. Só o Enem 2013 tem 7,2 milhões de candidatos - em 2012 foram 5,7 milhões. Ele esclarece que atualmente há segurança para a elaboração das provas, mas falta agilidade. "A vantagem é que poderemos ter equipes trabalhando em paralelo".
Mesmo sem as salas, Costa garante a segurança do Enem 2013. "Hoje a gente não consegue ter uma agilidade maior. Mas não teve nenhuma insegurança", diz. A prova será aplicada nos dias 26 e 27 de outubro. Para reforçar a segurança no deslocamento, neste ano, todos os malotes com provas do Enem vão ter lacre eletrônico, que registram o horário do fechamento do malote na gráfica e o horário em que foi aberto no local de aplicação da prova.

FONTE: Agência Brasil

STF adia decisão sobre embargos infringentes


O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a análise dos agravos regimentais apresentados pelas defesas de Delúbio Soares e Cristiano Paz contra decisão do presidente da Corte e relator da Ação Penal (AP) 470, ministro Joaquim Barbosa, que negou seguimento aos embargos infringentes opostos pela defesa do Delúbio e indeferiu pedido da defesa de Cristiano para que fosse ampliado o prazo para oposição dos infringentes. Os ministros decidiram prosseguir o julgamento na próxima quarta-feira (11).

Como teve quatro votos a seu favor no julgamento de mérito da ação na análise do crime de quadrilha, Delúbio pedia que prevalecessem esses votos para o absolver pela prática deste delito. O ministro Joaquim Barbosa negou seguimento a esse recurso. 

Já Cristiano Paz pediu prazo em dobro para a apresentação de eventuais embargos infringentes, o que também foi rejeitado, monocraticamente, pelo relator.

Na sessão desta quinta, o ministro Joaquim Barbosa reafirmou os fundamentos de sua decisão monocrática para negar provimento aos agravos de Delúbio Soares e Cristiano Paz, e considerar prejudicado o recurso de Pedro Corrêa. 

FONTE: STF

Ipea diz que Estatuto do Desarmamento reduziu a taxa de homicídios em 12,6%

Dez anos depois de virar lei, o Estatuto do Desarmamento provocou queda de 12,6% na taxa de homicídios do país, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os resultados do estatuto foram debatidos hoje (5) na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara. A redução de mortes violentas, no entanto, foi questionada pelo presidente do Movimento Viva Brasil, Bené Barbosa.
De acordo com o diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia do Ipea, Daniel Cerqueira, há uma “relação de causalidade” entre a redução do número de armas com a queda dos homicídios. “Onde se tem uma maior difusão de armas de fogo aumenta a taxa de homicídios em 1% ou 2%”, disse.
Pelo estudo do Ipea, frisou Cerqueira, não há como relacionar, contudo, a redução dos crimes contra o patrimônio com o aumento do número de armas de fogo pelos cidadãos. “Ou seja, é uma lenda aquela história de que o pai de família armado vai dissuadir o criminoso de perpetrar os seus crimes. Isso, do ponto de vista empírico, não acontece no Brasil”.
O presidente do Movimento Viva Brasil, Bené Barbosa, disse que a política de desarmamento é mais “ideológica do que técnica”. Ele questionou o estudo do Ipea e afirmou não ser possível estabelecer uma relação entre o número de armas de fogo e os índices de homicídios. “Arma não comete crime. Quem comete crime é o ser humano”, disse.
“A história de que a arma roubada do cidadão vai parar na mão do criminoso é uma prova disso. Se tenho um celular roubado, e ele vai para dentro de uma penitenciária, e ele é usado para um sequestro, a culpa é minha? Precisamos definir quem é vítima de verdade”, argumentou Barbosa.
FONTE: Agência Brasil

STF deve encerrar hoje julgamento dos recursos do mensalão

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve terminar hoje (5) o julgamento dos embargos de declaração dos 25 condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Serão julgados os dois últimos recursos que estão pendentes: do ex-assessor do PP João Claudio Genu e do advogado Rogério Tolentino, ligado ao publicitário Marcos Valério. Terminada esta fase, os ministros vão analisar se cabem os embargos infringentes, recursos que podem levar a um novo julgamento.
O julgamento de Genu, condenado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro, foi interrompido duas vezes por pedidos de vista de ministros que preferiram verificar a redução da pena. O plenário analisa se o ex-assessor do PP teve atuação menor em relação aos réus Pedro Corrêa (ex-deputado federal) e Pedro Henry (deputado federal), ambos ligados ao partido.
De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, Genu e os demais acusados ligados ao PP receberam R$ 2,9 milhões das empresas de Marcos Valério, considerado o operador financeiro do esquema.
O último réu que terá recurso analisado será Rogério Tolentino, advogado ligado a Valério. Tolentino foi condenado a seis anos e dois meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção.
Após o fim da análise dos embargos de declaração, o Supremo vai analisar a possibilidade de novo julgamento por meio do recurso conhecido como embargo infringente. Embora esse tipo de recurso esteja previsto no Regimento Interno do STF, uma lei editada em 1990 sobre o funcionamento de tribunais superiores não faz menção ao uso da ferramenta na área penal. Para alguns ministros, isso significa que os embargos infringentes foram revogados.
O embargo infringente permite novo julgamento quando há pelo menos quatro votos pela absolvição. A situação atende a pelo menos 11 réus: João Paulo Cunha, João Cláudio Genu e Breno Fischberg (no crime de lavagem de dinheiro); José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério, Kátia Rabello, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz e José Salgado (no de formação de quadrilha).
FONTE: Agência Brasil

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Procuradora voltará a pedir prisão imediata de condenados no mensalão

Helenita Acioli participa, pela primeira vez,
de sessão do STF. Foto: Antônio Augusto/PGR
A procuradora-geral da República em exercício, Helenita Acioli, disse hoje (4) que vai pedir novamente a prisão imediata dos réus condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, ao final do julgamento dos recursos. A previsão é que o julgamento termine amanhã (5).
A procuradora disse que está avaliando os pedidos de acordo com o regime de prisão de cada réu. O pedido de prisão imediata dos condenados foi feito pela primeira vez pelo então procurador-geral da República Roberto Gurgel, durante julgamento do processo, no ano passado, e foi negado pelo relator do processo e presidente do STF, Joaquim Barbosa.
“No caso do [regime] fechado, eu acho que o Ministério Público tem que renovar o pedido de prisão, porque quando foram feitos os recursos também tinham esses pedidos nos autos”, disse a procuradora. De acordo com as penas, 11 réus foram condenados ao regime fechado de prisão, com pena acima de oito anos.
FONTE: Agência Brasil

Mensalão: STF mantém perda de mandato e livra réu da prisão

Na sétima sessão de julgamento dos recursos da Ação Penal 470, o processo do mensalão, o Supremo Tribunal Federal (STF) modificou hoje (4) a primeira decisão do processo do mensalão. Com o entendimento da maioria dos ministros da Corte, o ex-sócio da corretora Bônus Banval Breno Fischberg deixará de ser preso, a pena foi transformada em pagamento de multa e prestação de serviços à comunidade. O plenário decidiu também que a Corte tem a palavra final sobre a perda de mandato dos quatro parlamentares condenados.
Fischberg havia sido condenado a cinco anos e dez meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro, mais tempo que o sócio Enivaldo Quadrado, que foi condenado a três anos e seis meses de prisão. Nesta sessão, a Corte decidiu igualar as penas, já que a participação dos sócios no crime foi a mesma. Durante o julgamento, houve um extenso debate sobre as penas aplicadas a Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg, sócios na corretora Bônus Banval.
Outra decisão é que cabe à Corte a palavra final sobre a perda de mandato dos quatro parlamentares condenados no processo. Ao analisar recurso do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), os ministros entenderam que deve ser mantida a decisão tomada no ano passado. Eles mantiveram ainda a pena de Cunha de nove anos e quatro meses de prisão, além de R$ 360 mil de multa, em valores não atualizados, pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
Os ministros decidiram manter a pena do ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE), condenado a sete anos e dois meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão, pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha.
O STF ainda não concluiu o julgamento do recurso do ex-assessor do PP João Cláudio Genu, condenado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro. A análise do recurso foi interrompida, pela primeira vez, na quarta-feira (28) passada por um pedido de vista do ministro Luís Roberto Barroso. No entanto, sem consenso da maioria, o ministro Luiz Fux pediu hoje vista do recurso para analisar o caso.
Até o momento, foram analisados recursos de 23 dos 25 réus no processo. Falta terminar o julgamento do recurso de Genu e analisar os de Rogério Tolentino, advogado ligado ao publicitário Marcos Valério.  
Amanhã (5), o Supremo deve analisar a possibilidade de novo julgamento por meio do recurso conhecido como embargo infringente. Embora esse tipo de recurso esteja previsto no Regimento Interno do STF, uma lei editada em 1990 sobre o funcionamento de tribunais superiores não faz menção ao uso da ferramenta na área penal. Para alguns ministros, isso significa que os embargos infringentes foram revogados.
O embargo infringente permite novo julgamento quando há pelo menos quatro votos pela absolvição. A situação atende a pelo menos 11 réus: João Paulo Cunha, João Cláudio Genu e Breno Fischberg (no crime de lavagem de dinheiro); José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério, Kátia Rabello, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz e José Salgado (formação de quadrilha).
FONTE: Agência Brasil

Toffoli mantém corte de salário de Donadon

Foi indeferido pedido de liminar em Mandado de Segurança (MS 32299) impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo deputado federal Natan Donadon, preso em razão de condenação na Ação Penal (AP) 396, julgada pela Corte. Ele pedia a anulação de ato da Mesa da Câmara dos Deputados que suspendia o pagamento de subsídio e verbas de gabinete, bem como determinava a devolução de apartamento funcional, em razão do impedimento para o exercício das atividades parlamentares. Essas providências foram estabelecidas até decisão final do Plenário da Câmara quanto à manutenção do mandato parlamentar, o que foi objeto de deliberação no dia 28 de agosto.
Em análise preliminar do caso, o ministro Dias Toffoli, relator do mandado de segurança apresentado ao STF no dia 21 de agosto, considerou que o pedido do deputado consiste em matéria interna corporis, cuja análise restringe-se à interpretação de normas regimentais da Câmara, “não passível de solução pelo Supremo Tribunal Federal”. O ministro destacou a existência de “reiterada jurisprudência” da Corte sobre o tema e, assim, indeferiu o pedido de liminar.

Confira a íntegra da decisão:

FONTE: STF

STF decide que tem palavra final sobre perda de mandato de réus do mensalão

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que cabe à Corte a palavra final sobre a perda de mandato dos parlamentares condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Ao analisar recurso do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), os ministros entenderam que deve ser mantida a decisão tomada no ano passado. Eles mantiveram ainda a condenação do deputado no processo.
João Paulo Cunha foi condenado a pena de nove anos e quatro meses de prisão, além de R$ 360 mil de multa, em valores não atualizados, pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. No julgamento de hoje, o STF acatou o pedido da defesa para correção do valor que teria sido desviado pelo parlamentar. Ficou acertado que valerá o montante previsto na denúncia do Ministério Público Federal, de R$ 537 mil, retirando o valor de R$ 1 milhão, que constava no acórdão, texto final do julgamento.
Nos recursos, a defesa apontou discrepâncias no critério para a fixação das penas. No entanto, os ministros, ao aplicar a condenação, entenderam que os crimes, em especial os de corrupção e de peculato, foram cometidos em "condições e circunstâncias quase idênticas". Ao rejeitar o recurso, o ministro-relator Joaquim Barbosa argumentou que cada crime tem característica própria e que as penas foram aplicadas de forma proporcional as agravantes. Para Barbosa, os recursos de João Paulo Cunha eram “meramente protelatórios”.
No recurso, o plenário do STF analisou ainda a questão da perda de mandato. Cunha foi o único réu parlamentar que questionou a decisão sobre os mandatos. Segundo o relator da ação penal, Joaquim Barbosa, no texto final do julgamento ficou claro a prerrogativa da Corte em decretar a perda automática do mandato de João Paulo Cunha.
No julgamento do ano passado, por 5 votos a 4, os ministros decidiram que a perda do mandato dos quatro parlamentares condenados na ação penal deveria ser automática, caberia à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados declarar a cassação imediata do mandato. Além de Cunha, três réus têm mandato parlamentar: José Genoino (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP).
No entanto, no dia 8 de agosto, o STF mudou o entendimento sobre a questão no julgamento que condenou o senador Ivo Cassol (PP-RO) a quatro anos e oito meses de prisão por fraude em licitação. Por 6 votos a 4, o plenário definiu que a decisão final sobre a perda de mandato deve ser do Congresso Nacional. A mudança ocorreu porque a Corte passou a contar com dois ministros novos, Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso.
O debate sobre o tema no processo do mensalão provocou uma crise entre a Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Na época, o então presidente da Câmara deputado Marco Maia (PT-RS), com apoio de vários líderes, disse que o Legislativo não ia “se curvar” ao STF, enquanto o ministro Celso de Mello, último a votar favoravelmente pela perda imediata de mandato, classificou como “intolerável, inaceitável e incompreensível” as declarações de Maia.
FONTE: Agência Brasil

Médicos cubanos poderão pedir asilo político ao Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse hoje (4) que o governo brasileiro poderá analisar eventuais pedidos de asilo político de médicos cubanos contratados pelo Programa Mais Médicos. Segundo ele, o mesmo ocorrerá com médicos de outras nacionalidades. Em debate na Câmara, Padilha rebateu afirmações de que os cubanos ficam sem a posse dos passaportes.
“Se um médico cubano, ou argentino – temos médicos de mais de 60 países -, se qualquer um desses profissionais vier a pedir asilo político, vamos analisar quando houver o motivo”, disse em resposta a parlamentares sobre a possibilidade de os cubanos poderem requerer asilo. “Chequem com os médicos e vejam se eles não ficam com passaporte na mão deles. É o documento que eles têm”, completou. Padilha foi à Comissão Geral da Câmara para debater o Programa Mais Médicos.
A vinda dos profissionais de Cuba faz parte de acordo do Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A previsão é trazer ao Brasil, até o final do ano, 4 mil médicos cubanos. Os primeiros 400 profissionais chegaram ao país e passam por curso de formação e avaliação, com duração de três semanas. A previsão é que eles comecem atuar no próximo dia 16, nas cidades que não atraíram profissionais inscritos individualmente no Mais Médicos.
FONTE: Agência Brasil

STF retoma julgamento dos recursos do mensalão

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma hoje (4) o julgamento dos recursos dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Os ministros passam a julgar os seis recursos que faltam ser analisados. Será a sétima sessão exclusiva de análise dos embargos de declaração, recursos usados para corrigir omissões ou contradições no acórdão, o texto final do julgamento.
O julgamento deve ser retomado com a análise do recurso do ex-assessor do PP João Cláudio Genú, condenado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro. Na última quinta-feira (29), o julgamento do réu foi suspenso por um pedido de vista do ministro Luís Roberto Barroso porque os ministros não chegaram a um consenso sobre a redução da pena.

Também devem ser julgados os recursos do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, do advogado Rogério Tolentino, do ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE), do ex-sócio da corretora Bônus Banval Breno Fischberg e do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP).

No recurso de Cunha, o plenário do STF também deve analisar a questão da perda de mandato. No julgamento do ano passado, por 5 votos a 4, os ministros decidiram que a perda do mandato dos quatro parlamentares condenados na ação penal deveria ser automática, caberia à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados cassar o mandato imediatamente. Quatro réus têm mandato parlamentar: José Genoíno (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP).
No entanto, no dia 8 de agosto, o STF mudou seu entendimento sobre a questão no julgamento que condenou o senador Ivo Cassol (PP-RO) a quatro anos e oito meses de prisão por fraude em licitação. Por seis votos a quatro, o plenário definiu que a decisão final sobre a perda de mandato é do Congresso Nacional. A mudança ocorreu porque a Corte passou a contar com dois ministros novos, Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso.
Após julgar todos os embargos de declaração, os ministros terão que analisar a possibilidade de novo julgamento por meio do recurso conhecido como embargo infringente. Embora esse tipo de recurso esteja previsto no Regimento Interno do STF, uma lei editada em 1990 sobre o funcionamento de tribunais superiores não faz menção ao uso da ferramenta na área penal. Para alguns ministros, isso significa que os embargos infringentes foram revogados.
Os embargos infringentes podem permitir novo julgamento quando há pelo menos quatro votos pela absolvição. A situação atende a pelo menos 11 réus: João Paulo Cunha, João Cláudio Genú e Breno Fischberg (no crime de lavagem de dinheiro); José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério, Kátia Rabello, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz e José Salgado (formação de quadrilha).
FONTE: Agência Brasil

Votação da minirreforma eleitoral começa com polêmica sobre doações de campanha

A primeira controvérsia em torno da minirreforma eleitoral, que está sendo votada neste momento na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), é sobre a divulgação do nome dos doadores de campanhas. Senadores como Pedro Taques (PDT-MT) são favoráveis a que a identificação dos doadores apareça já nas prestações de contas parciais, mas o autor do projeto, senador Romero Jucá (PMDB-RR) é contra.
Para manter a informação sobre os doadores apenas na prestação final, Jucá alega que os eles poderão ter seus nomes divulgados pela imprensa e sofrer pressões para não escolher determinado candidato ou para dividir os recursos com outros candidatos.
- Alguém poderá dizer: se doou para outro, tem que doar para mim também - avaliou o relator.
Ao contestar a rejeição de sua emenda, Taques disse que a transparência é uma direito constitucional do cidadão. É a forma, no entender do senador mato-grossense, de o eleitor conferir a franqueza e a honestidade dos candidatos:
- Imagine um candidato que se apresente como defensor do meio ambiente, mas que receba recursos de empresas que atuem na direção contrária - questionou Taques, ao antecipar pedido de destaque à sua emenda, mecanismo previsto no Regimento quando uma emenda é rejeitada pelo relator.
"Em nome da transparência", o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) apoiou a proposta de Taques no sentido de que os nomes dos doares sejam levados ao conhecimento do público pelo menos duas vezes durante a campanha.
Para Rollemberg, a emenda de Suplicy prevendo informação diária dos nomes de doadores, quantias doadas e gastos efetuados pode trazer dificuldades práticas. Outro senador a apoiar a divulgação antecipada dos nomes dos doadores foi o senador Roberto Requião (PMDB-PR).

FONTE: Agência Senado

Sem regra sobre perda de mandatos, Renan promete devolver condenações ao STF

O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou nesta terça-feira (3) que não cabe a nenhuma das Casas do Legislativo rever, repetir ou validar sentenças judiciais aplicadas a parlamentares. A declaração foi dada em meio a um debate no Plenário sobre de quem é a responsabilidade por declarar a perda de mandato do parlamentar condenado em definitivo: ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou a cada uma das casas do Congresso.
- Os Poderes são autônomos. Nós vamos apreciar, entre os dias 16 e 20 de setembro, a proposta de emenda à Constituição do senador Jarbas Vasconcelos [PMDB-PE] que estabelece a perda automática de mandato para o parlamentar condenado, com sentença transitada em julgado. Antes disso, qualquer decisão [do STF] nessa direção nós vamos devolver, porque, se a pessoa não tem direito político, como é que ela pode exercer um mandato, ser mandatária do povo? Não dá mais para conviver, absolutamente, com isso - disse Renan.
A polêmica foi motivada pela decisão da Câmara dos deputados de manter o mandato de Natan Donadon (sem partido-RO), condenado pelo STF a 13 anos por peculato e formação de quadrilha. Ele está preso desde 28 de junho no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. No dia 28 de agosto, o processo de cassação de Donadon foi a Plenário em votação secreta, já sob jurisprudência firmada pelo Supremo no dia 8 de agosto. Na sessão do STF em que foi julgado, e condenado, o senador Ivo Cassol (PP-RO), seis ministros da Corte votaram a favor da tese de que caberia a cada casa do Congresso cassar deputado ou senador atingido por sentença condenatória. Quatro votaram pela perda automática, juízo idêntico ao emitido durante o julgamento do Mensalão.
Na segunda-feira (2), uma liminar concedida pelo ministro do STF Luiz Roberto Barroso suspendeu os efeitos da votação da Câmara, que soou, para todo o país, como a absolvição pelo Legislativo de um parlamentar condenado pelo Supremo. A medida tomada por Barroso tem caráter provisório, ou seja, o colegiado do Supremo terá a palavra final sobre a legalidade, ou não, da sessão que manteve o mandato de Donadon. A despeito da posição que adotou no julgamento de Cassol, o ministro explicou na argumentação da liminar que a perda deve ser automática quando o período de condenação supera o tempo restante de mandato, inviabilizando a continuidade do exercício do cargo.
Cassol foi condenado a quatro anos e 8 meses, em regime semiaberto, acusado de fraudar licitações. Mas o parlamentar alega inocência e vai recorrer da decisão.
Por três vezes, Renan garantiu que, enquanto estiver na Presidência do Senado, qualquer decisão do STF transitada em julgado não será submetida à revisão, mas defendeu o estabelecimento de uma regra clara sobre a perda de mandato, justamente com a votação da PEC 18. Questionado sobre a possibilidade de uma votação semelhante à da Câmara no caso do senador Ivo Cassol, o presidente do Senado afirmou que é preciso esperar até que a decisão do Supremo transite em julgado, ou seja, até que não haja mais possibilidade de recurso.
Repercussão entre os senadores
O senador Wellington Dias (PT-PI) reconheceu que a decisão da Câmara “causa constrangimento à nação”, mas manifestou preocupação com uma possível interferência do Judiciário no Legislativo.
Já na opinião do senador Walter Pinheiro (PT-BA), o Congresso não pode mais ficar entrando em “querelas” com o Judiciário.
O parlamentar petista manifestou apoio à PEC 18/2013. Para ele, a Justiça tem mais meios de apurar denúncias do que o Congresso, onde o julgamentos se dão sob o prisma político.
Na mesma linha, o senador Pedro Taques (PDT-MT) apoiou a PEC 18 e classificou a manutenção do mandato de Donadon como "um absurdo”. Ele também criticou a decisão do ministro Barroso, dizendo que a liminar é "uma alquimia jurídica”.
- O ministro está criando uma Constituição só pra ele; uma Constituição pra chamar de 'minha' - disse Taques, ressaltando que respeita a "alta capacidade técnica" do ministro, conduzido recentemente ao Supremo com a aprovação do Senado.
Para o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), a Casa deve fazer “gestões firmes” no sentido de que a Câmara dos Deputados aprove a PEC do voto aberto no caso da cassação de parlamentar. Ele chegou a sugerir que os líderes partidários condicionem a aprovação, no Senado, do orçamento impositivo à aprovação da PEC do voto aberto. O senador defendeu o fim do voto secreto para todas as proposições no Legislativo.
- A população brasileira quer saber como vota seu representante no Congresso Nacional – afirmou Rollemberg.
O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) disse nunca ter visto um episódio tão constrangedor para o Parlamento quanto a sessão que manteve o mandato de Donadon. O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) foi na mesma linha e classificou a decisão da Câmara como um ato “extremamente constrangedor”.
Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), os homens públicos precisam "mais de ações do que de retórica". A PEC 18 e o fim do voto secreto seriam medidas práticas que o Congresso poderia tomar, na avaliação dele. A manutenção do mandato de Donadon, no ver de Randolfe, atinge todo o Parlamento.
Voto aberto
Quanto às cobranças em prol do voto aberto, instituto que teria evitado, no entender de muitos senadores, a permanência de Donadon como deputado, Renan disse que seria mais razoável a Câmara aprovar primeiro a PEC 86/2007, do senador Alvaro Dias. A proposta prevê o voto aberto exclusivamente nos processos de perda de mandato de deputados e senadores.
- Em oito dias, essa emenda poderia ser promulgada - observou.
Num segundo momento, conforme argumentou, as possibilidades de voto aberto poderiam ser ampliadas por meio da aprovação da PEC 20/2013, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), que acaba com o voto secreto em qualquer situação.
No início da noite, a Câmara aprovou em segundo turno a PEC 349/2001, que prevê o voto aberto em todas as votações, nas duas Casas do Congresso. No entanto, como é originária da Câmara, a proposta ainda terá de passar por exame, em dois turnos, no Senado, antes de ser promulgada.
FONTE: Agência Senado